quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (25/02/2009)

Reviravoltas de Hollywood

O projeto já foi dado como uma das produções mais esperadas dos últimos anos, passo u por sua longa e polêmica fase de “diferenças criativas”, sobreviveu pela insistência de um astro recém-revelado e agora renasce com novos anúncios que animaram os fãs do material original. Estamos falando, é claro, de “Besouro Verde”, adaptação da série sessentista estrelada por um Bruce Lee comprando sua passagem para o mundo do cinemão americano. A reimaginação (termo da moda entre os produtores) originalmente deveria estrear ainda no final desse ano, prometendo ser a grande aventura da temporada e já tendo alguma bilheteria garantida pela presença de Seth Rogen (“Ligeiramente Grávidos”) no elenco principal e no roteiro, enquanto o astro chinês Step hen Chow (“Kung Fusão”) assumiria o manto de Lee e ainda se encarregaria da direção. A primeira notícia ruim que chegou foi a saída de Chow da direção, e embora o elenco ainda contasse com seu nome, os produtores começaram a perceber que talvez o projeto não vingasse, apesar de tudo. Rogen insistiu, trouxe a bordo o duvidoso nome do amigo Adam Sandler (“Click”) como o vilão da trama e revitalizou o projeto aos olhos da mídia, o que levou ao recente anúncio do francês Michel Gondry (“Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”) como o novo ocupante da cadeira de direção. Seria a primeira grande produção de Gondry, que fez bastante barulho nos festivais e cinemas mundo afora com sua última obra, “Rebobine, Por Favor”. A nova data de estréia é 25/06/2010.

Saudosismo por toda a parte

Lá se vão vinte anos desde que “Os Caça-Fantasmas II” divertiu tanto quanto seu predecessor e fechou a conta da franquia com quase 400 milhões de dólares apenas nas bilheterias americanas. De lá para cá, muita coisa aconteceu com alguns dos astros mais marcantes dos anos 1980. Bill Murray virou astro sério e até obteve o reconhecimento do Oscar com “Encontros e Desencontros”. Dan Aykroyd entrou em decadência e foi fazer papéis coadjuvantes em filmes medíocres, mas ora quem diria, também recebeu a nominação da Academia por seu trabalho em “Conduzindo Miss Daisy”. Sigourney Weaver envelheceu bem melhor, esbanjando talento em papéis pequenos que ficam na memória e deixam a marca registrada de uma grande atriz. E Harold Ramis se manteve em evidência, valendo-se da admiração de um ícone para continuar trabalhando com os melhores nomes da comédia, ainda que fosse pouco notado. É fácil abrir um sorriso no rosto observando a ação do tempo em todos esses intérpretes, mas pode ser ainda mais gratificante receber a notícia que a probabilidade de vê-los juntos mais uma vez é bem grande. E sem truques, estamos mesmo falando de um “Caça-Fantasmas III”. Embora ainda não tenha data de estréia, a continuação saudosista já fechou os quatro principais no elenco, e o roteiro está perto da finalização, de autoria de Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky, dupla vinda da versão americana de “The Office”. As notícias mais recentes dizem que o diretor Ivan Reitman (“Irmãos Gêmeos”) pode retornar na direção em filmagens que não devem demorar a começar.

Mais um depois do último

Apesar de toda a campanha de marketing, a admiração merecida e o prêmio póstumo, “Batman – O Cavaleiro das Trevas” não foi o último trabalho do falecido Heath Ledger, recém-premiado com o Oscar póstumo por seu impressionante desempenho como o Coringa. Esse posto pertence  a “The Imaginarium of Doctor Parnassus”, fantasia do sempre experimental Terry Gilliam (“Os Doze Macacos”), projeto que o ator estava filmando a época de sua morte. Embora tenha ficado por algum tempo a deriva, o projeto encontrou um novo rumo com a ousada decisão do diretor de dividir o trabalho como o protagonista entre três outros atores, que completariam o trabalho já filmado do ator. Os escolhidos foram Johnny Depp (“Piratas do Caribe”), Colin Farrell (“Alexandre”) e Jude Law (“Closer – Perto Demais”), todos intérpretes do protagonista Tony, um homem que entra para a bizarra trupe de teatro itinerante do Doutor Parnassus do título, a cargo de Christopher Plummer (“A Noviça Rebelde”) e acaba se envolvendo no resgate da filha deste das mãos do diabo, interpretado pelo músico Tom Waits (“Domino – A Caçadora de Recompensas”). O filme já entrou em estágio de pós-produção e tem estréia prometida para 24 de Setembro deste ano nos EUA. Isto é, se houver algum estúdio disposto a lançá-lo. Apesar do apelo da presença final de Ledger, as corporações tem hesitado em abrir a carteira para lançar o longa graças ao tom independente/experimental do projeto, mesma característico que transformou “Contraponto”, último filme de Gilliam, em um fracasso lançado apenas em DVD no Brasil três anos depois de naufragar em terras americanas. Por enquanto, “The Imaginarium of Doctor Parnassus” só tem lançamento garantido no Reino Unido.

Um astro na Casa Branca

Pode respirar aliviado, essa notícia (ainda) não trata de Arnold Schwarzenegger sendo eleito presidente da nação americana. A notícia é sobre outro astro, e um que já se disse “politizado, mas nunca político”. Uma das maiores metamorfoses do mundo do cinema, George Clooney (que foi de astro de televisão com “E.R.” a super-astro sério e oscarizado com “Syriana”) foi uma das ausências mais incomuns notadas na festa do Oscar 2009 comandada espetacularmente  por Hugh Jackman (“Austrália”). Ele apresentou sua justificativa nessa terça-feira, e não houve quem reclamasse depois das explicações. Clooney estava em uma reunião que ele descreveu como “extremamente produtiva” com o comandante-em-chefe dos EUA, Barack Obama, discutindo uma questão tão ímpar a urgente quanto a crise humanitária no Sudão. Clooney cumpriu naquela noite suas obrigações como embaixador da paz das Nações Unidas, e declarou que os refugiados, abrigados no país vizinho de Chade, “são mais de 250 mil e precisam que façamos nosso melhor”. Ainda segundo ele, tanto o presidente quanto o vice, Joe Biden, foram receptivos quanto ao que ele tinha a dizer, já que Clooney visitou o campo de refugiados recentemente, onde inclusive foi visto circulando sem escolta de seguranças da ONU.

Bom, pessoal, e por hoje é isso… um dia pouco produtivo, mas amanhã é outra história e eu tenho pelo menos um par de críticas na manga, quase prontas… pelo menos uma vem amanhã, certo? Os melhores filmes para todos vocês e até a próxima!

5 comentários:

Rubens Rodrigues disse...

Não boto fé no Besouro Verde e nem no Caça-Fantasmas. Já o filme do Heath, desde o ano passado o filme já sofria com a falta de interesse por distribuição internacional. Isso é ruim, muito ruim. Curto o trabalho do Heath, apesar de ter visto poucos filmes com ele. Devo ter visto uns 3 no máximo.
Vi a síntese do Dr. Parnassus e achei muito interessante, ainda mais pelo fato de que depois que ele caía num espelho ele poderia se transformar em qualquer coisa - a partir dessa cena que Depp, Colin e Law assumem o lugar dele (vi isso na síntese do filme, não é spoiler).

Unknown disse...

não sei se boto muita fé num novo filme dos caça fantasmas não...
acredito que algumas histórias devem oermancer só na memória mesmo...

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www.moolegal.wordpress.com

Anônimo disse...

quero muito ver rebobine por favor, e acredito que esse filme do heath seria no minimo curioso. mto bacana o teu blog, tambem sou meio cinefila, mas não sei fazer criticas legais como as suas!

Igor Pinheiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Igor Pinheiro disse...

Como disse o Rubens, não boto fé mesmo nesse Besouro Verde e nem em muitos filmes que estão vindo por aí, muita coisa sendo baseada em outra e pouca criatividade, mas vamos esperar, né?
Me interessei bastante pelo filme do Heath Ledger, mas enfim...sto