quinta-feira, 5 de março de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (05/03/2009)

Música para as massas

A década de 70 não foi apenas a do auge do paz e amor, e a produção musical do período pode ser usada como o exemplo mais perfeito disso. Para a arte do ritmo, a década que hoje nos surge distante em quase quarenta anos foi tempo de revolução, do surgimento do punk rock e da liberação geral nas regras do rock n’ roll certinho que se via nas décadas anteriores. Uma das bandas que mais inovaram o ritmo foi a The Runaways (numa tradução livre, “As Fugitivas”), o primeiro grupo de hard rock formado apenas por mulheres, três americanas e um inglesa roubando o primeiro lugar das paradas por breves e meteóricos quatro anos. A herança delas, separadas pelo dinheiro, são músicas como “Cherry Bomb”, figura certa em trilhas de musicais-rock como o “Jovens, Loucos e Rebeldes” de Richard Linklater (“Escola de Rock”). Com seis álbuns lançados em período extremamente curto de tempo (1975-1979), a banda ficou ainda mais conhecida pelos influentes projetos paralelos da vocalista/guitarrista Joan Jett (a primeira à esquerda da foto), incluindo a parceria com a banda The Blackhearts que rendeu a lendária “I Love Rock n’ Roll”. A partir daí já dá para deduzir que é a líder da banda que deve ser o foco da cinebiografia da banda para a tela, e os fãs de certa saga vampírica adolescente já podem comemorar. Depois da Isabella Swan de “Crepúsculo”, Kristen Stewart assume um papel de destaque e prestígio garantido ao encarnar a lides da banda no filme dirigido e escrito pela italiana Floria Sigismondi, dona de uma larga experiência na direção de videoclipes para gente como David Bowie (“Little Wonder”), Sheryl Crow (“Anything But Down”) e White Stripes (“Blue Orchid”). Os rumores mais recentes ainda dão conta da menina-prodígio Dakota Fanning (“Guerra dos Mundos”), que parece querer embarcar em todas depois do thriller heróico “Push”, ainda inédito no Brasil, ao lado da possível companheira de Lua Nova. Ela seria a tecladista da banda, Cherie Currie (a garota loira abaixada), que deixou a música após três discos com o The Runaways para se dedicar ao... cinema, onde chegou a contracenar com Jodie Foster em “Gatinhas e Gatões”.

A Idade das Trevas

Não é fácil imaginar toda a glória que “...E o Vento Levou” foi para os filmes sobre a Guerra Civil Americana, um filme completo e acima de tudo com uma ligação emocional complexa que se ligava com o espectador de forma plena. Não querendo comparar dois clássicos (um da fase áurea e um de pouco tempo atrás), mas também não é simples pensar na imensidão de significado que “O Resgate do Soldado Ryan” teve para os filmes sobre a Segunda Grande Guerra, ou quem sabe possamos falar de “Platoon” para a época marcante e a ferida aberta do Vietnã. Filmes que definiram eras e momentos importantes na história americana e, oras porque não, mundial. Agora, imagine um filme assim para definir de uma vez por todas o assim chamado Período das Trevas, quando a humanidade passou séculos a fio sem sequer uma produção artística relevante, mergulhado na ignorância de uma Igreja Católica rígida e dominante. Nessa época, já tivemos fantasias animadas (“A Espada Era a Lei”), filmes de artes marciais cheios de impacto visual com suas acrobacias impossíveis (“O Tigre e O Dragão”), milhares de filmes sobre cavaleiros cuja honra e bravura mudaram o mundo (“Rei Arthur”), até mesmo alguns épicos vikings, violentos e profanos, mas indiscutivelmente divertidos (“Outlander”). Mas o cinema ainda não produziu uma obra definitiva para retratar a época medieval. Não por coincidência um dos projetos mais disputados dos últimos anos em Hollywood tem como título exatamente “Medieval”. Arrebatado pela New Regency Productions pela bagatela de 1 milhão de dólares, o roteiro dos estreantes Alex Livtak e Michael Finch foi descrito com o “Doze Homens e Uma Sentença dos filmes medievais”. Isso porque, assim como o faroeste de 1957, reúne todos os elementos da época para compor uma história de armações, raciocínio e destino, é claro. A colagem de um cigano com um ladrão, um cavaleiro, um samurai, um monge, um árabe e um viking pode ser comandada por McG, embora este já esteja envolvido com “Exterminador do Futuro 5”, mesmo que o quarto episódio da franquia nem mesmo tenha sido lançado.

No auge da loucura

Ele já foi um agente secreto que acerta sempre graças aos erros mais hilários do cinema em muito tempo. Um chefe autoritário e convicto sob todos os aspectos que é um exemplo de vida para seus funcionários. Um homem comum que chega aos 40 anos sem nunca ter experimentado os prazeres carnais dessa vida. Também encarnou um Noé dos tempos modernos, com direito a barba e arca de madeira pura, gigantesca. Há algum tempo atrás, vestiu-se com afetação para viver um homossexual com tendências suicidas que se converteu no personagem mais inesquecível de um filme cheio deles. Para fechar a galeria de personagens, envergou com habilidade para o lado dramático com um homem de meia-idade cheio de carisma e contraditória baixa-estima que se apaixona pela primeira vez em anos... apenas para descobrir que o alvo de sua paixão é a namorada do irmão. “Agente 86”, “The Office”, “O Virgem de 40 Anos”, “A Volta do Todo Poderoso”, “Pequena Miss Sunshine”, “Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada”. Filmes (e série) essenciais para entender o enorme talento desse americano de nome Steve Carell, o atual Coringa (não o vilão, a carta de baralho) de Hollywood e um dos nomes mais certeiros para bilheteria ao lado de ilustres companhias como Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) e Will Smith (“Eu Sou a Lenda”). Pois parece que depois de momentos tão memoráveis nas telas de cinema, Carell ainda precisa alcançar seu auge, o ponto definitivo de sua carreira, e passar por ele sem maiores complicações para prosseguir a brilhante trajetória. O projeto escolhido para tal missão é “Hi-T”, uma comédia dramática que promete explorar toda a capacidade e as facetas do ator ao contar a história de um homem que começa a desenvolver mudanças incontroláveis e drásticas de humor após receber injeções de testosterona para curar uma lesão. A roteirista de “Hi-T” é Kim Barker (“Linceça Para Casar”), mas o filme ainda não possui diretor ou data de estréia definidas.

Bom, pessoal, e por hoje é só isso mesmo… é esranho como as coisas acontecem, ontem tivemos notícias demais e hoje tivemos de menos… mas enfim, é a vida. Os melhores filmes para todos vocês e até amanhã!

6 comentários:

Magno disse...

Muito interessante este seu blog/espaço/estilo.

Vou me ligar nas atualizações!

Abraços!

***

Blog atualizado! (noite de 05/03):

"Passos por passos. Olho o mundo como quem olha para uma criança recém-nascida. Olho para a criança como quem sente-se recém-nascido. Passos por passos. Saltos além dos muros em chamas. Driblo minha energia. Converso com minnhas certezas. O dia está na linha a ser preenchida... Escrevo, neblina, sobre a minha mudança para o segundo seuguinte. Chovem segundos, terceiros e minhas vírgulas se tornam pontos..."

Continue lendo... Acesse: http://selvabrasil.blogspot.com

Renan Barreto disse...

Muito boa Caio. Texto muito bom mesmo. Eu poderia comentar melhor, mas minhas funções cognitivas não estão das melhores hoje. rs Tô cansado mesmo. rs Se puder passe lá no Brasilstation para ver outra entrevista, o entrevistado falou sobre arte, games e cinema. Espero vc lá. Desculpa por não ter feito um comentário muito legal, mas é que hoje ô mal. rs

Fabio Christofoli disse...

Steve Carell, esse é um cara realmente q ta sobrando no cenário cinematográfico...

se bem q o papel q mais curti dele foi o de homossexual em Pequena Miss Sunshine! Achei perfeito! Sem caricatura, mas com um suave toque, coisa que só um grande ator pode fazer...

Acho q ele é um substituto para o Jim Carrey - q eu era fã um tempo atrás!

abraço, desculpa não estar mto presente aqui, é a falta de t empo q ta me consumindo

Igor Pinheiro disse...

Sobre o Steve Carell também, o cara é muito bom, quem assiste The Office sabe do que estou falando, talvez pela série não faça tanto cinema, mas quando faz, geralmente são filmes bons.

Valeu pelo selo, to meio sem tempo pra postar, mas esse final de semana eu coloco. Quando a gente lançar o podcast, vê se escuta, pois vamos falar de você e do selo, valeu mesmo pelo apoio!!!

Dual disse...

no auge da loucura..

esse eu kero ver..
é o msm autor do um virgem de 40 anos!

deve ser sussa!

Anônimo disse...

Bom dia!

Estou numa fase de pouquíssima internet, por isso faço apenas uma rápida visita para avisá-lo que ganhei uns selos e os repassei a você.

Dá uma conferida no Garota Pendurada e resgate o seu selo, ok?

Kiso!

http://garotapendurada.blogspot.com/