segunda-feira, 16 de março de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (16/03/2009)

O cheiro dos dólares

Em Hollywood, bastam alguns milhõezinhos a mais na conta do estúdio e sua confiança vitalícia já está garantida. Ou, pelo menos, até o fracasso cruzar seu caminho. O nova-iorquino Jon Favreau, por exemplo, abriu caminho pela terra do cinema apoiado em Will Ferrell com o sucesso surpresa “Um Duende em Nova York” (220 milhões), passou incólume por “Zathura” (70 milhões) e fechou discussões em “Homem de Ferro” e seus fantásticos 582 milhões de dólares ao redor do mundo. Agora, virou o novo preferido da Marvel Studios, que além de ter garantido-o para uma continuação já marcada para estrear 30 de Abril de 2010 em terras brasileiras, também o indica como o mais provável comandante do maior evento super-heróico que nosso mundo jamais viu no cinema, o megalomaníaco “Os Vingadores”. A união da super-equipe, atualmente em fase de roteirização pelas mãos de Zak Penn (“X-Men – O Confronto Final”), foi recentemente adiada para a longínqua data de 04 de Maio de 2012, estreando um ano depois das adaptações de “Thor” e “Capitão América” para o cinema e em ocasião propícia para o retorno de Tony Stark (Robert Downey Jr, é claro) as telas. O caso de Andy Fickman é diferente. Tornado famoso pelo sucesso discreto da comédia “Ela é o Cara” (60 milhões), ele surpreendeu ao assumir um estilo bem mais leve para dirigir “Treinando o Papai” para Disney. A fórmula deu certo e rendeu quase 150 milhões no mundo todo, o que nos leva ao subseqüente “A Montanha Enfeitiçada”, que arrecadou impressionantes 24 milhões de dólares no fim-de-semana de estréia e trouxe o astro de ação The Rock (“Bem-Vindo a Selva”) de volta para os holofotes. Depois dos dois filmes, Fickman foi chamado pelo estúdio do Mickey para dirigir a adaptação de quadrinhos “Monster Attack Network”, sobre uma ilha habitada por monstros e um empresário ambicioso, antagonista para um grupo de aventureiro. Ao que parece, o tom a ser usado deve ser semelhante ao de “Homens de Preto”.

Fincher, só na produção

“The Goon” não será um filme de David Fincher. Ao mesmo tempo, será o cinema de David Fincher em sua representação mais pura e primitiva. Acima de tudo, o homem que nos presenteou com “Seven – Os Sete Pecados Capitais” e mais dois pares de pequenas e grandes obras primas, é um subversivo, alguém que não teme quebrar as regras se achar que isso dá ao produto final de seu trabalho um acabamento melhor. E que palavras melhores do que essas para definir “The Goon”? Perdido no texto? Calma, eu explico. Publicada pela primeira vez em 1999, a revista em quadrinhos “The Goon”, de Eric Powell, conta a história de um garoto desbocado, impetuoso e briguento que diz para quem quiser ouvir que é o capanga de um poderoso gângster. Nesse “trabalho comum”, ele acaba se vendo frente a frente com fantasmas, zumbis, cientistas malucos e todo o tipo de criaturas que vivem figurando nos filmes trash mais inesquecíveis da história do cinema. Publicado pela Dark Horse, divisão alternativa da DC Comics, “The Goon” é o tipo de adaptação em que tudo conspira para um desastre... a não ser que seja mantida fidelidade absoluta. E é essa fidelidade que demonstram as primeiras imagens das artes conceituais do longa, em fase de roteirização sob a guarda do próprio Powell. Desenhando em um traço quase a mão, a animação em CG parece ter saído direto do traço do autor em um momento mais sofisticado, cheio de sombras, detalhes e impacto. O pôster provisório, então, mostra o mesmo espírito de escapismo que permeia as obras seqüenciais e a simplicidade aparente do traço de Powell. Ainda sem data de estréia marcada, a animação está a procura de um diretor e de dubladores para os sombrios personagens da história, mas já povoa a mente dos milhares de fãs espalhados pelo mundo.

Oitentando a todo o vapor

A falta de notícias de projetos como “Esquadrão Classe A” não desanimou os produtores de Hollywood, que continuam querendo capitalizar em cima do revival de sucessos dos anos 80. O novo alvo, mirado pela New Line, é um dos maiores símbolos daquela época, o herói infalível de todos os viciados em televisão e provavelmente um dos heróis mais impossíveis que qualquer mídia foi capaz de idealizar. O fato é que, de 1985 a 1992, Richard Dean Anderson, futuro astro de “Stargate SG-1”, viveu o personagem título da prodigiosa série “MacGyver – Profissão: Perigo”, em que interpretava um agente secreto e verdadeiro conhecedor de métodos rápidos e mirabolantes para escapar das situações mais perigosas. Discutido desde 2002 com o criador da série, Leo Zlotoff, o filme do personagem ficou estagnado por quase sete anos até voltar a ser discutido pelo estúdio que produziu “O Senhor dos Anéis”. Ainda nada se disse sobre o envolvimento de Zlotoff, mas a produtora Raffaella De Laurentiis (“O Reino Proibido”) já se disse interessada em trazer o projeto para sua produtora com um orçamento razoável, e se disse interessada em ouvir a opinião do autor. Mas enquanto o novo “MacGyver” não aporta nos cinemas, somos obrigados a nos deparar com bizarros boatos como a refilmagem do clássico romântico “O Guarda-Costas”, de 1992. Estrelado por Kevin Costner (“Robin Hood”) e dirigido por Mick Jackson (“Volcano”), o filme contava com a voz e a presença da cantora Whitney Houston, que marcou seu território com o estrondoso sucesso da música “I Will Always Love You”, tema do filme. Agora, o rumor é que a nova estrela da música pop, Rihanna (que já está cogitada para ser a quarta integrante da equipe “As Panteras”), deve substituir Whitney em uma refilmagem e fazer par com Channing Tatum (“Ela Dança, Eu Danço”). Nenhum dos dois boatos foram confirmados.

Diretamente do Velho Mundo

A crise de idéias continua em alta em Hollywood, que custa a lançar uma idéia original nos cinemas. Até mesmo os atores mais talentosos estão se vendo sem saída a não ser entrar na onda e tentar valer a pena a reedição. Steve Carell (“Pequena Miss Sunshine”) é a mais nova vítima da onda, embarcando na missão de reeditar para o público ianque a comédia francesa “O Jantar dos Malas”. O original, lançado em 1998 e dirigido por Francis Veber (“Dupla Confusão”), um dos mais profícuos diretores cômicos europeus, conta a história de um grupo de amigos que se reúne semanalmente em um jantar, que possui apenas uma regra: a cada vez, um deles precisa levar um convidado, alguém colocado de lado no ambiente social graças a notável falta de bom-humor (vulgarmente, pelo excesso de chatice). A refilmagem está nas mãos de Jay Roach (“Entrando numa Fria”) e conta também com Paul Rudd (“Nunca é Tarde Para Amar”) no elenco. Mais recente, o prestigiado terror sueco “Deixa Ela Entrar” foi a luz européia que ofuscou, na visão dos apreciadores mais atentos de cinema, o brilho do popular “Crepúsculo”. Os temas são parecidos, invertendo-se os lados da equação: o filme sueco encontra seu triunfo na verborragia da história calma da amizade entre um garoto de 12 anos, deslocado na escola, e sua nova vizinha, uma vampira. O desconhecido Thomas Alfredson foi o diretor da versão original dessa fábula de amizade violência orquestrada a partir da novela de John Ajvide Lindqvist. Considerado por muitos uma das maiores obras-primas do gênero no nosso século, “Deixa Ela Entrar” vai ganhar refilmagem americana em 2010, e não se surpreenda se ela estrear em terras brasileiras antes do filme original, ainda inédito por aqui.

Bom, pessoal, e por hoje é só isso mesmo! Me perdoem se não pude publicar uma crítica, e lamento informar que amanhã tampouco será possível… sou uma pessoa ocupada, afinal! Mas enfim, pessoal, como sempre muito obrigado por todos os comentários, recebi mais um selo hoje e provavelmente posterei-o amanhã… é bom ter esse retorno! Obrigado a todos, os melhores filmes para todos vocês e até amanhã!

2 comentários:

Renan Barreto disse...

Caio, E não é que os Vingadores vão sair do papel? Horrivel a piadinha. rs Eu acho ridiculo o Capitão América, ele é não é um personagem, é uma bandeira. Por isso não gosto dele. Aliás, é por isso que gosto do Batman, ele naõ carrega bandeira nenhuma nas costas, só uma capa preta. Acho que o filme vai ser no mínimo divertido. Sendo que eu prefiro é a liga da justiça. O super homem é uma bandeira, mas pelo menos é mais disfarçada.

Macgyver é o cara. ninguém consegue fazer o que ele fazia. O cara é só o ícone de uma geração. Eu nasci em 1988, portanto não lembro dele direito, mas meus primos adoram ele. O cara foi importante mesmo e é motivo de piada no mundo inteiro.

Valeu!

Wagner Lopes disse...

The Goon me chamou atenção...vou querer ver!
Estou sorteando 5 trabalhos meus. Da uma olhada lá no meu blog
Abraços