segunda-feira, 23 de março de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (23/03/2009)

Irmãos bandoleiros

Quando uma fórmula dá certo, não custa repeti-la para testar o resultado mais uma vez. Aparentemente imunes a esse e qualquer outro estigma hollywoodiano, os Irmãos Coen podem ter se rendido a vontade dos estúdios ou ter encontrado um projeto realmente pessoal. Joel e Ethan, reconhecidos como a dupla de diretores mais talentosa da atualidade e figurinhas fáceis nos círculos de prováveis indicados ao Oscar, devem retornar ao faroeste que lhe concedeu o reconhecimento definitivo em “Onde os Fracos Não Têm Vez”, dois anos atrás. Foi com a história de violência sem origem apoiada por um inigualável Javier Bardem (“Vicky Cristina Barcelona”) que os dois finalmente puseram as mãos na merecida estatueta de melhor direção da maior festa do cinema mundial. Agora, além da repetição de gêneros, o projeto provoca alarmante atenção por ser a refilmagem de um clássico do gênero. Filmado em 1963 e estrelado pelo maior astro do faroeste de que o cinema tem notícia, John Wayne (“O Grande Jake”), “True Grit” recebeu no Brasil o duvidoso título de “Bravura Indômita” e relatava a história de uma mulher que relembra a ocasião em que escapou da fazenda da família para vingar o assassinato de seu pai. Segundo os irmãos, sua versão de “True Grit”, que eles mesmos estão redigindo, será muito menos uma refilmagem e mais uma adaptação fiel do romance que deu origem ao filme, escritor por Charles Portis. Enquanto a versão de Henry Hathaway (“O Mundo do Circo”) contava toda a história pelo ponto de vista do xerife interpretado por Wayne, o novo filme dos Coen será mais fiel ao livro e transportará a narração diretamente para a protagonista. Além de “True Grit”, os dois irmãos também estão envolvidos no roteiro e direção da adaptação da novela policial “The Yiddish Policemen’s Reunion”, que narra a curiosa história de um policial sádico investigando a misteriosa morte de um prodígio do xadrez que, especula-se, poderia ser a reencarnação do Messias.

O seqüestro de Singer e o riso de Whedon

 

Quem vem acompanhando bem as notícias cinematográficas nas últimas semanas deve ter sacado pelo menos metade do título da nota. Mas, como diria Jack o Estripador: vamos por partes. Primeiro, o Singer é de Bryan Singer (“X-Men”) e o Whedon é de Joss Whedon (“Buffy”). O que eles tem em comum? A linguagem pop e o senso de dinheiro bem investido que agrada aos estúdios, críticos e espectadores. Isso sem contar o largo investimento em séries de TV, Singer com “Dr. House” e Whedon com... bom, nem precisa dizer. Agora, os projetos. Singer, em alta graças ao surpreendente sucesso de “Operação Valquíria”, deve tentar ressuscitar outro astro que anda fazendo más escolhas com o thriller de seqüestro “Prisoners”, que basicamente aposta na mesmo história de sempre. Mark Wahlberg (“Max Payne”) será um empresário de Boston que tem a filha e o melhor amigo seqüestrados e se vê na mão dos raptores, sem saída para a situação em que se encontra. Embora o nome do diretor não esteja confirmado, este foi o único projeto com seu nome anunciado desde o lançamento de sua visão da 2ª Guerra, o que leva a crer que ele pode ser mesmo o comandante do roteiro do estreante Aaron Guziowski. Já o projeto de Whedon é previsivelmente mais interessante. Cineasta de ousar e criar novas tendências, ele escreveu o thriller cômico “Cabin in The Woods” ao lado de Drew Goddard (“Cloverfield”) e entregou em suas mãos a direção do projeto. Depois de entusiásticas declarações da produtora Mary Parent, diretora da MGM, que classificou a obra como o “script mais inteligente e original que já li em minha vida”, o elenco de nomes modestos começou a ser anunciado e, surpreendentemente, a empolgação pelo projeto só aumentou. Explica-se. Uma das características mais marcantes de Whedon é descobrir novos talentos e colocá-los em seus filmes para que a experiência pareça mais real. Recém-saídos do anonimato, gente como Chris Hemsworth (“Jornada nas Estrelas 11”), Kristen Connolly (“O Grande Dave”) e Fran Kanz (“Dollhouse”) foi escalada e o mistério absoluto em relação a trama foi mantido.

Versatilidade a toda prova

Tem de ter sido o Oscar. Durante a performance de abertura do prêmio da Academia de 2009, a indicada Anne Hathaway subiu ao palco ao lado do anfitrião Hugh Jackman para parodiar os filmes indicados nas categorias principais e surpreendeu a todos com a habilidade vocal e a presença de palco. Agora, ela quer ir para a Broadway. Um passo grande demais? Calma, as escalas no meio do caminho garantirão o sucesso da operação final. Indicada ao prêmio máximo do cinema pelo intimista desempenho no igualmente modesto “O Casamento de Rachel” e no auge da popularidade comercial com o sucesso nem-tão-surpresa de “Agente 86”, a atriz nova-iorquina pode dar um passo além de muitas outras com o dobro de sua experiência e obter o prestígio definitivo ao reencarnar nas telas e, futuramente, nos palcos, uma das maiores estrelas de Hollywood entre as décadas de 1930 e 1950. Ela, Judy Garland, a eterna Dorothy do clássico “O Mágico de Oz”, uma das mais profícuas atrizes de sua época e um dos fins mais intrigantes do mundo do cinema. Pressionada pelo estúdio a continuar nos cândidos papéis com os quais foi revelada, ela acabou ficando traumatizada e desistindo da carreira em 1954, voltando a atuar apenas três vezes antes de sua precoce morte em 1969. Casou cinco vezes, em uma delas dando a luz a uma das maiores cantoras que o mundo já viu, Liza Minelli. Do prêmio da Academia ela só viu a cor de duas indicações, por “Nasce uma Estrela” e “Julgamento em Nuremberg”, mas alguém duvida que sua futura intérprete, fresquinha de uma nominação, tem bem mais chances de faturar de vez o prêmio? O produtor Harvey Weinstein, que deve cuidar de ambas as versões de “Get Happy: The Life of Judy Garland”, já se declarou encantado com a perícia da atriz e disse-se com a certeza de que Hathaway será “verdadeiramente ímpar nesse papel desafiador”.

Bom, pessoal, e por hoje é isso… queria muito agradecer a todos que comentaram no último post, me incentivou a fazer mais desses posts sobre atores, diretores e atrizes. Aguardem pelos próximos! Por enquanto, fico por aqui, os melhores filmes para todos vocês e até amanhã!

4 comentários:

Deni disse...

gostei das dikcas..
max payne eu vi ...
mas o outro filme naum vi..
operaçao valkiria eu "baixei" confesso
aisjoaijsoiasjas mas fazer o q
kkkkkkkkkk

como sempre seu blog impecável..

tem novidades no blog do aniversariante q vos escreve..
xD~
sabes q é bm vind lá viow!.

www.bagageirodocurioso.spaceblog.com.br

abraço e ótima terça!

=]]~

Caio Guip disse...

Oi, eu tb tenho um blog de cinema e vim aqui pra falar q curti o seu e se vc gostaria de trocar links =] Alias, to fazendo uma promoção no meu blog pra uma pessoa ganhar 1 mes de aluguel d dvds gratis na netmovies, se quiser participar passa la! Valeu

http://azedovd.blogspot.com

Renan Barreto disse...

Mais uma vez meu amigo, tu foi muito feliz em suas palavras. Como você, sendo tão novo consegue escreverr tão bonito? Na faculdade, eu tenho conheço gente que mal sabe ler direito... É, problema sério.
Ah! Vim pra deixar um recadinho também.

Caio, estou aqui pra pedir o seu voto na minha campanha: VOTA NEU, na comunidade "Eu tenho um blog" categoria humor. Conto contigo!!
Valeu!

Renan Barreto disse...

Caio, vote mais tarde. É que o pessoal da comunidade errou. Nas enquetes que estão escritas HUMOR, na verdade são outras categorias. Acho que à noite tudo estará certo.

Valeu, pelo apoio!