quarta-feira, 25 de março de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (25/03/2009)

Histeria adolescente

Na década de 1980, Matthew Broderick provocava gritos histéricos nas garotas e admiração sincera dos meninos em filmes inesquecíveis como o neo-clássico “Curtindo a Vida Adoidado”. Nos anos 90, o posto coube para uma variedade de nomes que incluiu Patrick Swayze (“Ghost”) e o não muito longevo Patrick Dempsey (“Namorada de Aluguel”). Ainda que dois deles tenham ressurgido das cinzas nos últimos anos e o outro domine os tablóides por uma razão que infelizmente não provoca o tipo agradável de curiosidade, é de se perguntar quem será o representante legítimo do trono de carisma e histeria adolescente legado por nomes tão ímpares. Dois dos candidatos mais fortes ao trono preparam projetos ambiciosos para estender sua alçada a todo um novo público e, quem sabe, um sucesso que vá além do público teen. O primeiro, intérprete do jovem vampiro Edward Cullen na série “Crepúsculo” e dono de um papel pequeno, porém marcante na mãe de toda a mania fantástica que anda por aí, a série “Harry Potter”, atende pelo nome de Robert Pattison. Ele embarcou recentemente no novo projeto da roteirista Jenny Lumet, prestigiada no ano passado graças ao trabalho em “O Casamento de Rachel”. O romance é intitulado “Memoirs”, tem Allen Coulter (“Hollywoodland”) na direção e não promete inovar muito na trama: Pattison será parte integrante de um casal separado uma por uma série de circunstâncias a primeira vista insuperáveis. Já Zac Efron, astro da trilogia (até agora) “High School Musical” e estrela ascendente desde então, promete entregar aos fãs algo um pouco mais inusitado. Ao lado do diretor Burr Steers (“A Estranha Família de Igby”), que comandou seu último filme, o ainda inédito “17 Outra Vez”, ele deve interpretar um coveiro em “The Death and Life of Charlie St. Cloud”. Embora pouco tenha sido revelado, a trama básica soa como uma comédia dramática promissora: Charlie é o zelador do cemitério onde seu irmão Sam está enterrado que começa a ter alucinações fantasmagóricas ao mesmo tempo em que tenta conquistar uma garota.

Efeito Benjamin

“Benjamin Button” fez tanto barulho ao contar a história encantadora do homem que vive oitenta anos ao contrário sem perder a crença no amor verdadeiro que de repente falar da vida e de suas peculiaridades voltou a ser moda em Hollywood como não era desde a época de “Forrest Gump” (que, se não viveu ao contrário, tampouco seguiu a ordem natural das coisas). Resta saber se os dois projetos recém-anunciados, opostos na trama mas idênticos no conceito, terão um David Fincher (“Zodíaco”) para fazer da vida de alguém uma história interessante. Que me desculpem os otimistas, mas pelo pouco que foi revelado sobre “You’re Not You”, a expectativa não é das melhores. Para começar, há a presença da inexperiente roteirista e diretora Shana Feste para os dois cargos principais do projeto. Ela, cuja primeira obra, “The Greatest” (ainda inédito no Brasil), discursava sobre a perda de um filho nas atuações de Pierce Brosnan e Susan Sarandon, não é exatamente a pessoa com a câmera mais classuda para lidar com um tema tão delicado quanto uma doença terminal. A única coisa se sabe sobre a trama do filme vem da obra de origem, uma novela da desconhecida Michelle Wildgen: “You’re Not You” é sobre uma estudante de colegial que se vê perdida na vida e decide responder a um anúncio de jornal. O que ela encontra é uma mulher no meio de seus trinta anos, sofrendo de uma grave doença que afeta mais a mente que o corpo. Ela e seu marido lidam com a situação através de um humor mordaz e as lições que a confusa estudante aprenderá serão inestimáveis. Bem mais condizente com o clima de fantasia da obra de Fincher, “Methuselah” empresta o nome do personagem mais longevo da Bíblia, que viveu por 969 anos, para contar a história de alguma forma chega a mesma idade e durante a vida acumula aventuras e estratégias de sobrevivência impressionantes. A ser produzido pela Warner Bros, “Methuselah” está sendo anunciado como uma aventura de ação com toques de drama e comédia permeando cada detalhe da história.

Ilustres robôs

“Transformers” foi a maior bilheteria da carreira do diretor Michael Bay. E não pense que isso é pouco. A bilheteria conjunta das outras seis obras do californiano estoura com facilidade a marca do 1 bilhão de dólares e só o filme-catástrofe “Armageddon” é responsável por 400 milhões desse montante. Mas os robôs gigantes atacando a Terra ultrapassaram até mesmo essa marca e fecharam uma gloriosa carreira mundial que superou pesos pesados como “Shrek Terceiro”, arrecadando mais 700 milhões de verdinhas para o cofre da DreamWorks. Alguém aí duvidaria de uma continuação? Não que alguém vá realmente ficar infeliz por isso, é claro. Diversão pura e simples como a do filme de 2007 nunca é demais. De qualquer maneira, a realização de “Transformers: Revenge of The Fallen”, que pode significar (ou não) o retorno dos Decepticons ao nosso planeta, é notícia velha. De novo mesmo só os rumores de nomes estrelados abrilhantando o elenco de vozes dos novos “personagens” (robóticos, é claro) do prosseguimento da saga de Sam e Mikaela (Shia LaBeouf e Megan Fox retornam) pelo mundo de destruição e deliciosa fantasia criado por Bay. A primeira notícia oficial nem foi tão animadora e tampouco surpreendente. Ao que parece, além de retornar em carne e osso como o Agente Simmons apressado do filme anterior, John Turturro (“Zohan”) deve dublar um dos novos robôs do filme. Ele será Jetfire, um espião SR-71 Blackbird que troca os Decepticons pelos Autobots, mas se vê com pouco o que fazer devido a sua avançada idade (!) que o obriga a usar uma bengala (!!). Bizarrices a parte, a esperança voltou aos fãs da recém-criada série com o anúncio de que o lendário Leonard Nimoy, o Spock da série original de “Jornada nas Estrelas”, poderia emprestar o vozeirão para o vilão do novo filme, que batiza seu subtítulo. O papel de Fallen acabou caindo no colo do ator graças ao casamento com Susan Bay, a prima do diretor e o trabalho em comum com Roberto Orci, roteirista responsável tanto por “Tranformers” quanto pelo novo “Jornada nas Estrelas”.

Bom, pessoal, e por hoje é isso… Queria agradecer a todos que comentaram como sempre… O Boletim de hoje teve para gregos e troianos. Astros adolescentes, adaptações literárias inspiradas por filmes oscarizados e pura diversão no melhor estilo Bay. Espero que vocês tenham gostado. Que até as notícias ruins sejam notícias para todos vocês e que o futuro os reserve só os melhores filmes. Até amanhã!

4 comentários:

Renan Barreto disse...

Caio, primeiramente, valeu pelo voto. É muito importante pra mim isso. Principalmente pelo fato de eu ter feito bons amigos na blogesfera. Brigadão. Eu nunca pensei que um blog que só falasse besteira despretensiosamente fosse considerado bom por alguém. rsrs Bem, seu texto está excelente. Eu queria saber escrever assim. Eu acho que brinco muito. rs You're not you parece ser bacana, vamos ver no que vai dar e Transformers... Eu achei o primeiro muito bobo e o segundo nem quero ver... Vou ver sim, mas pra falar que é ruim rsrs

Valeu!!!!

Rubens Rodrigues disse...

You're not you me chamou atenção, mas veremos...

Já sobre Transformers, discordo do Renan quando ele disse que o primeiro foi muito bobo, gostei muito mesmo. Tanto do roteiro, como do Shia e da Fox, espero anciosamente pela Vingança dos Deceptcons.

Dani disse...

You're not you, tambem me chamou atenção!!!

vamos deixar pra falar mal depois de assistir né?
rsrs


http://nadadelicada.blogspot.com/

Anônimo disse...

Ahhh, eu também gostei dos transformers. Eu acho q filmes têm público pra tudo. Sempre sobrarão elogios e críticas.

Filmes são sempre uma surpresa.

www.hisdream.wordpress.com