segunda-feira, 6 de abril de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (06/04/2009)

Amigos em boa companhia

Bons amigos desde a época em que trabalharam juntos no “Saturday Night Live” no início da década de 1990, Adam Sandler (“Click”) e Rob Schneider (“Gigolô Americano”) são presenças garantidas nos longas um do outro. Mais talentoso do que o parceiro mais famoso, Schneider já roubou cena em diversos filmes de Sandler como “Zohan – O Agente Bom de Corte” e até em participações-relâmpago como em “Golpe Baixo”, onde aparece como um dos torcedores presidiários no estádio da partida final e vale mais risadas que todo o restante do filme. Agora, em momentos de reinvenção, os dois alçam vôos-solo e podem se dar bem ao lado de companhias bem interessantes, por assim dizer. Sandler, roteirista da maioria de suas investidas cinematográficas, pode nem mesmo atuar em “Born to Be a Star”, nova obra de sua autoria. A comédia dramática sobre um nerd interiorano que descobre o passado de seus pais caretas como astros do cinema pornô dos anos 70 e resolve partir para o mesmo destino em Hollywood. A direção está sob a guarda de Tom Brady, coincidência ou não, diretor de dois filmes de Schneider, “Animal” e “Garota Veneno”. Mas o que mais chama a atenção é a presença da sempre ousada Christina Ricci (“Speed Racer”, mas isso foi uma exceção) no papel da cândida e inocente namorada do protagonista, que ainda não possui intérprete definido. Será que Sandler não aproveita a oportunidade? Aparentemente mais esperto que o amigo, Schneider resolveu lucrar em cima da recente popularidade crescente das comédias românticas e embarcou em “You May Not Kiss the Bride”. Com um grande elenco já reunido, o projeto a ser dirigido por Rob Hedden (“Sexta-Feira 13: Parte 8”) conta com beldades como Katherine McPhee (“A Casa das Coelhinhas”), Tia Carrere (“True Lies”) e Mena Suvari (“Dizem por Aí...”) na história de um fotógrafo que se vê envolvido com uma confusão na máfia russa e é obrigado a se casar com a filha do poderoso chefão contra a sua vontade.

Cenas de violência

Com a barbaridade de assassinatos, seqüestros e outros crimes capitais rolando solta pelos noticiários americanos, não é de se espantar que o cinema anseie capitalizar um pouco em cima da preocupação dos espectadores. Anunciado há algum tempo como uma investida de puro entretenimento de um dos diretores mais competentes surgidos nos últimos tempos, o thriller de seqüestro “Prisioners” não impressionava pela sinopse, o básico de praticamente todos os filmes do gênero. Segundo as noticias, o abalado astro Mark Wahlberg, vindo do fracasso de “Max Payne”, interpretaria um carpinteiro pacato que cai em desespero ao ter a filha e uma amiga seqüestradas. O roteiro do estreante Aaron Guzilowski não empolgava muito a princípio, mas maiores detalhes revelados e uma surpreendente escalação para o próximo projeto de Bryan Singer (“Operação Valquíria”) melhoraram as expectativas. Ao invés de seguir as determinações dos seqüestradores, o protagonista se uniria a um jovem detetive particular para encontrar e torturar um dos culpados com o objetivo de descobrir o paradeiro das duas garotas. Recém-saído da polêmica briga no set de “Exterminador do Futuro – A Salvação”, Christian Bale deve se tornar no tal detetive particular e trazer um pouco mais de garantia para um projeto arriscado na visão dos estúdios. Enquanto Singer faz bem suas escolhas, Joel Schumacher (“Por um Fio”) prepara-se para tocar mais uma vez no assunto da violência e escala sua nova lista de vítimas, que em outros tempos já incluiu Nicolas Cage (“9MM”) e Cate Blanchett (“O Custo da Coragem”). O alvo da vez para o papel principal é o astro da série “24 Horas”, Kiefer Sutherland, que já escorregou feio ano passado com o terror “Espelhos do Medo”. Nos últimos dias ele ganhou a companhia de Ellen Barkin (“Treze Homens e Um Novo Segredo”), Emma Roberts (“Um Hotel Bom para Cachorro”) e do rapper 50 Cent (“As Duas Faces da Lei”) na trama que envolve um traficante de drogas que vê sua vida modificada quando o primo é brutalmente assassinado e seu melhor amigo é preso pelo crime. “Twelve” deve começar a ser filmado assim que o diretor concluir “1:30 Train”, estrelado por Monica Bellucci (“Matrix Reloaded”).

Alien solitário

Embora o sentimento não tenha sido correspondido por boa parte dos espectadores, Keanu Reeves parece ter gostado da experiência de invadir a Terra a bordo de uma nave espacial para salvá-la de nós mesmos e nossa hipocrisia no remake de “O Dia em Que a Terra Parou”, um dos projetos mais controversos e divisores de opinião do ano passado. Já bem distante das férias intimistas que tirou com o personalíssimo e esperado “The Private Lives of Pippa Lee”, que aliás reúne um elenco sem precedentes contando com Julianne Moore (“Sem Vestígios”), Alan Arkin (“Pequena Miss Sunshine”), Winona Ryder (“O Homem Duplo”) e Robin Wright-Penn (“A Lenda de Beowulf”), Reeves resolveu voltar a ficção científica de vez e em grande estilo com uma espécie de neo-romance cósmico pontuado com ameaças sobrenaturais. Parece confusa a mistura? Pois é exatamente a confusão de um relacionamento em condições extremas que “Passengers” pretende passar. Ainda sem nenhum nome confirmado a não ser o do astro de “Matrix”, a mistura de ficção com comédia romântica, ironicamente ou não os dois gêneros mais presentes da filmografia do ator, tem uma trama capaz de despertar o interesse em um estalo. Reeves será o passageiro de uma nave espacial que transporta pessoas para colonizar um planeta distante. Até aí tudo perfeito no sono criogênico dos sortudos, mas a longa viagem acaba avariando alguns mecanismos da nave e é justamente Reeves quem desperta antes da hora. E muito antes. Com 90 anos até o término da viagem, o homem é obrigado a admitir que está lá para envelhecer e morrer sozinho. A expectativa não agrada nada, é claro, e qual senão é a idéia genial? Descongelar uma mulher, é claro! Se não for selada pelos finais absurdos e megalomanias típicas de Hollywood, bem que o filme pode render um bom caldo e uma história de amor que fuja dos clichês. Antes de embarcar na viagem, porém, Reeves deve assumir o manto do italiano Paolo Seganti (“Largo Winch”), que interpretou o guarda-costas e mafioso Johnny Stompanato em “Los Angeles – A Cidade Proibida”, e encarnar o personagem real na biografia “Stompanato”.

Bom, pessoal, e por hoje é isso… vou me limitar a agradecer a todos os comentários como sempre porque essa postagem já vem atrasada… tanta coisa pra fazer, tão pouco tempo! Mas a gente dá um jeito. Obrigado a todos e até amanhã!

Um comentário:

Diego Rodrigues disse...

Vamos falar sobre Schneider e Sandler. Pra mim, honestamente, seus filmes não fazem a menor falta. Zohan foi um fiasco por completo, e Schneider, bom, ele nunca foi um bom comediante mesmo. Mas Adam Sandler fez Como se Fosse a Primeira Vez e Reine Sobre Mim, dois filmes que gostei bastante. Aí, não sei aonde ele deve ir. Pro fundo do poço com essas produções que ele protagoniza ou partir para draminhas mesmo. Não sei mesmo!

Ah, tem um meme lá no meu blog pra ti, cara. Quando pusser, dá uma passadinha lá? Abraços!