Chapéu de feiticeiro
Há algum tempo que rola por Hollywood o rumor de que uma versão live-action e adaptada para atualidade de “Aprendiz de Feiticeiro”, famoso média-metragem da Disney, eternizado nas sinfonias do clássico “Fantasia”, de 1940. Protagonizado pelo símbolo do estúdio, o camundongo Mickey, a trama o colocava como o tal aprendiz do título, que tenta usar seus pouco precisos poderes mágicos para cumprir a dura tarefa deixada por seu mestre, a limpeza do castelo. É claro, as coisas não dão muito certo. Como essa premissa deve chegar aos cinemas de uma forma plausível e com atores de verdade é uma incógnita, mas o fato é que o produtor mais esperto da Hollywood de hoje, Jerry Bruckheimer (“Piratas do Caribe”) colocou a produção em sua agenda e já acelerou o andamento da carruagem contratando o diretor Jon Turteltaub (“A Lenda do Tesouro Perdido”), que por sua vez trouxe a reboque o astro Nicolas Cage (“Presságio”) como o mestre do protagonista e produtor executivo do projeto. A produção aos poucos foi ganhando detalhes e o número de nomes no elenco foi crescendo. Primeiro foi o jovem comediante Jay Bucharel, um dos soldados/atores de “Trovão Tropical”, que embarcou para o estrelato completo ao aceitar o papel do protagonista. Sorte a dele, afinal não é todo dia que se faz par romântico com uma beldade como Teresa Palmer (“Um Verão Para Toda a Vida”), que embarcou como o interesse do protagonista quase ao mesmo tempo em que Alfred Molina (“Homem-Aranha 2”) assinava para ser o vilão de mais uma superprodução. Elenco definido e produção encaminhada, a Disney tratou de colocar sua aposta para uma data no mínimo explosiva: 16 de Julho de 2010, em rota de colisão com o esperado suspense “Inception”, nova obra de Christopher Nolan (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”). Enquanto a produção crescia de tamanho e de expectativa entre os fãs dos clássicos animados do estúdio, as primeiras fotos do set foram divulgadas pelo site Just Jared (a imagem de Nic Cage caracterizado você vê aí em cima) e outro jovem talento, o britânico Toby Kebbell (“RocknRolla”) entrava para o jogo como o ilusionista comparsa do vilão.
Convergência de astros
Trevas e adrenalina, juntas. A princípio, não faz muito sentido, mas o resultado de verdade só vai poder ser visto em 09 de Setembro em terras americanas e sabe-se lá quando no território brasileiro. Em produção desde 2005, “9” ou “Nine”, o filme em questão, é o fruto de uma das parcerias mais improváveis dos últimos tempos. Primeiro, melhor explicar do que se trata. Ganhador do prêmio de melhor curta de animação no Oscar 2006, o “9” original contava a história de um cachorro raivoso contratado para enfrentar um demônio que tem aterrorizado um bairro inteiro roubando a alma das pessoas. Com direção do estreante Shane Acker, o curta-metragem agradou tanto que surgiu aquela vontade de expandir aquele universo fantástico maior e mais ambicioso. Embora a idéia já tivesse surgido na mente do diretor, o primeiro a adotar o projeto e se dispor a bancar a brincadeira foi Tim Burton (“A Noiva-Cadáver”), o homem capaz de transformar trevas em algo vendável e bem-sucedido. Com a moral do diretor na terra do cinema empurrando o projeto, Acker desenvolveu o novo roteiro ao lado de Pamela Pettler (“A Casa Monstro”) e a dupla ainda convenceu Burton a abandonar a técnica stop-motion que costumava em todas as suas produções animadas em virtude de um visual mais sofisticado e feito por computador. Foi quando entrou na equação o nome do russo Timur Bekmambetov, diretor de “Guardiões da Noite” e “O Procurado”, que se juntou a Burton na produção e atraiu de uma vez por todas atenção para o projeto. A partir daí, “9”, o longa-metragem, ganhou um elenco estrelado como poucos no ramo da animação. E quem duvida da capacidade comercial de um filme que nomeia seus personagens com números e nada mais? Agora, ainda o cão guerreiro do curta é trocado por um humano parecido com um boneco de pano, e a ameaça íntima é substituída por uma mais global. É a sobrevivência de uma humanidade a beira da extinção que está nas mãos de 9, o protagonista, a ser dublado pro Elijah Wood (“O Senhor dos Anéis”). Ele recebe a missão de escavar a Terra e encontrar a fonte de um misterioso mal que tem atingido o povo. Ao lado dele, o veterano de guerra 1 com a voz de Christopher Plummer (“A Casa do Lago”), o inventor 2 dublado por Martin Landau (“Cine Majestic”) e a guerreira 7 vivida por Jennifer Connelly (“O Dia em que a Terra Parou”). É esperar e rezar para que os cinemas brasileiros não considerem “alternativo demais”.
O céu não pode esperar
Fala-se a tanto tempo de “Uma Vida Interrompida”, o novo filme de Peter Jackson, que a adaptação já se tornou uma espécie de lenda urbana do século XXI nas fileiras da terra do cinema. Antes mesmo da estréia da versão do diretor de “O Senhor dos Anéis” para o clássico “King Kong”, o rumor era que o neozelandês apostaria em um clima mais intimista para adaptar o best-seller de Alice Sebold publicado em 2002. Algo mais próximo de “Almas Gêmeas” do que da trilogia aventuresca. Antes mesmo da estréia de “O Retorno do Rei” o nome do diretor estava atrelado ao projeto, abandonado as moscas quando este preferiu realizar o sonho de sua vida ao refazer o filme do gorila gigante. Estrado, aplaudido, esquecido, “King Kong” passou e Jackson se disse mais uma vez interessado em dirigir a história de uma garota de 14 anos que é brutalmente assassinada e passa os anos seguintes observando a forma da família lidar com seu pesar, de seu paraíso particular. A expectativa do visual montado por Jackson para tal locação era de dar água na boca, mas o diretor não se importou com a ansiedade dos fãs e construiu aos poucos seu filme enquanto resolvia a encrenca judicial com “O Hobbit” e a New Line. Em 2007, o elenco foi escalado e já contava com Saoirse Ronan (“Desejo e Reparação”) e Rachel Weisz (“A Múmia”), respectivamente como a protagonista e sua mãe, além da sempre eficiente coadjuvância de Stanley Tucci (“O Diabo Veste Prada”) na pele do vizinho da família e principal suspeito do crime. Outra que embarcou na época foi a veterana Susan Sarandon (“Speed Racer”) como a avó da protagonista e Michael Imperioli (“The Sopranos”) na pele do investigador policial do caso. Já o papel do pai da protagonista foi, digamos assim, mais polêmico. Primeiro, era Ryan Gosling (“Um Crime de Mestre”) o escolhido do diretor, mas parece que as famigeradas “diferenças criativas” tiraram o ator do projeto, sendo substituído por Mark Wahlberg (“Max Payne”). Uma série de adiamentos depois e algumas declarações controversas do elenco, o filme foi finalmente agendado para 22 de Janeiro de 2010 no Brasil, com o novo título de “Um Olhar do Paraíso”. Muita confusão? A primeira foto do esperado paraíso de Jackson aí em cima faz valer a pena. Nos vemos em Janeiro, Senhor Jackson!
Monstros adiantados
Hollywood não deixa passar nenhuma mania para fora de suas fronteiras. Foi só a literatura adolescente ressuscitar (de novo) com “Crepúsculo”, suas continuações e seus filhotes, e a terra do cinema já lançou o olho grande na seu pedaço do bolo de dólares que anda saindo do forno dessa receita. Veja a própria saga vampiresca originada dos livros de Meyer, por exemplo, que anda em um ritmo de produção frenético dentro da Summit Entertainment, que busca desesperadamente aproveitar enquanto a moda não fica para trás. “Crepúsculo”, o primeiro da franquia, acabou de aportar nas locadoras depois de uma carreira vitoriosa nos cinemas americanos e mundiais e já vem com toda uma bagagem de expectativa para as continuações. “Lua Nova” já está bem adiantado para estrear em Novembro desse ano, e vem com a direção de Chris Weitz (“A Bússola Dourada”) para capitanear alguns novos nomes do elenco. Com Dakota Fanning (“Guerra dos Mundos”) confirmada há algum tempo, na última hora a produção ganhou a adesão de Michael Sheen (“Frost/Nixon”) e Cameron Bright (“Obrigado por Fumar”) e entrou em processo de pós-produção. Enquanto isso, “Eclipse”, a terceira parte da saga, continua com sua epopéia de diretores cogitados e confirmados... como possibilidades. O cargo já passou perto do espanhol Juan Antonio Bayona (“O Orfanato”) e do americano Paul Weitz (“Tudo Pela Fama”), mas parece que agora é oficial. David Slade, que tem experiência com vampiros no brutal “30 Dias de Noite”, deve comandar o terceiro filme da série, que chegará aos cinemas em 30 de Junho de 2010. Mas o ataque de Hollywood a literatura de suspense teen não para na série de livros escrita por Stephenie Meyer. Anunciado há algum tempo, “Beastly” ganhou as primeiras novidades no elenco e no cargo de direção essa semana. Baseado no livro de Alex Flinn, o filme é descrito como “uma versão moderna de A Bela e A Fera” e se concentra em Kyle Kingsbury, um adolescente de 17 anos considerado o par perfeito pela maioria das garotas de seu colégio, que causa uma confusão maior do que esperava ao dispensar uma delas, na verdade uma bruxa. Transformado em uma criatura bestial, ele deve encontrar o amor verdadeiro para quebrar o feitiço... e sem a ajuda do MySpace. É de se sorrir com uma premissa dessas. Agora resta confiar no diretor e roteirista Daniel Barnz (“Phoebe in Wonderland”) para comandar o espetáculo, a ser interpretado por Alex Pettyfer (“Alex Rider Contra o Tempo”) e Vanessa Hudgens (“High School Musical”).
O outro lutador
Não foi por acaso que Darren Aronofsky seguiu o ambicioso em excesso “Fonte da Vida” com o emocional “O Lutador”. Lembrado no ano passado por selar o retorno de Mickey Rourke (“Sin City”) ao primeiro nível de astros, o filme de Aronofsky foi na verdade uma segunda chance para o diretor. A verdade é que desde 2007, logo depois da estréia de seu épico através do tempo protagonizado por Hugh Jackman (“X-Men”), o diretor estava envolvido em um filme para contar a história de, veja só, um lutador da vida real. “Irish” Micky Ward percorreu um trajeto cheio de obstáculos sociais e financeiros para ascender de um fenômeno do boxe amador para uma inesperada revelação dos mais altos níveis do esporte. Foi só depois de 15 anos de carreira, já veterano, que Micky sentiu o gosto da vitória sobre o italiano Arturo Gatti e vestiu seu primeiro cinturão de campeão, se tornando exemplo de perseverança e um símbolo do orgulho americano. Tudo isso com a ajuda do meio-irmão, Dicky, um ex-lutador que se tornou técnico do irmão depois de se envolver com drogas e o submundo do crime. A emocionante história, a princípio seria protagonizada por Matt Damon e Mark Wahlberg, que haviam acabado de contracenar no violento “Os Infiltrados”, ganhador do Oscar daquele ano. Isso até o roteiro passar por versões de Paul Attanasio (“Donnie Brasco”) e Lewis Colick (“Céu de Outubro”). A altura em que este passou o bastão para a versão final de Scott Silver (“8 Mile – A Rua das Ilusões”), Damon já estava fora da produção e Brad Pitt (“Benjamin Button”) estava cotado para substituí-lo. As filmagens chegaram a ser anunciadas para Outubro do ano passado, mas chegada a data, o filme não contava mais com Pitt, enquanto Aronofsky ameaçava abandonar o barco. O que ele acabou eventualmente fazendo, abrindo espaço para David O. Russell (“Três Reis”) tomar o leme do projeto e colocá-lo nos trilhos de uma nova pré-produção e outra revisão de roteiro. Enquanto o processo se repete e a aparência é que dessa vez o filme chega as vias de fato, Christian Bale (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”) foi anunciado oficialmente como o definitivo intérprete do irmão do protagonista, ainda com Mark Wahlberg garantido.
Bom, pessoal, muitas notícias nesse feriado que passou e muitas explicações para dar a vocês. Nesses últimos dias o Filme-Pipoca anda meio desatualizado, mas eu juro que estou tentando ao máximo conseguir tempo para postar. Acontece que estou em semana de provas, o que me deixa com a responsabilidade de estudar e terminar os trabalhos a ser entregues essa semana. Mas enfim, coisas de quem ainda tem que estudar… Daqui a pouco passa. Amanhã é possível que eu tenha mais um pouco de tempo, então acho que pode pintar outro Boletim e, quem sabe, uma filmografia ou uma crítica (eu disse quem sabe). Por enquanto deixo vocês por aqui, agradecendo aos comentários e as visitas nesses dias. Então é isso mesmo. Os melhores filmes para todos vocês e até mais!
3 comentários:
O filme Aprendiz de feiticeiro tomou proporções absurdas!
Com certeza vai virar uma mega produção!
O Nicolas Cage é foda!
cara, sou fissurado em filme, assito tudo, dos coimerciais aos russos, japoneses, franceses, etc... já está nos meus favoritos!!! seu blog é muito bom... e muito bem escrito!
o filme aprendiz d feiticero mais seu uma mega produção
se puder
http://sonabrisa.nomemix.com/
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