Dupla personalidade
Da última vez que Dr. Jekyll deu as caras em uma grande produção de Hollywood, foi sob a forma de um amontoado grotesco de efeitos especiais abatido pelo personagem-título do famigerado Van Helsing na cena inicial do filme de Stephen Sommers (A Múmia) estrelado por Hugh Jackman (Wolverine). Desde então, o personagem de personalidade dividida foi tema de uma série de filmes independentes que tentavam atualizar a trama publicada originalmente em 1886 pelo célebre escritor escocês Robert Louis Stevenson, mais conhecido como o autor de A Ilha do Tesouro. Batizado em terras brasileiras como O Médico e O Monstro, a obra tinha como protagonista o Dr. Henry Jekyll, um frágil e inofensivo médico inglês que passou a vida acobertando toda uma sorte de feitos malignos motivados por um estranho e violento lado de sua personalidade. O conceito de dualidade é radicalizado quando Jekyll inventa uma poção capaz de liberar seu alter-ego maligno, um psicopata selvagem e sem remorso chamado Edward Hyde, e vê o monstro ganhar força dentro de si a ponto de não depender mais da poção para se libertar. The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde deve ganhar agora, mais de seis décadas depois de sua encarnação mais famosa na pele de Spencer Tracy (Julgamento em Nuremberg), uma nova versão que, a primeira vista, não pretende atualizar, modernizar, “reimaginar” ou fazer qualquer coisa do tipo com a trama. A bem da verdade, são dois projetos correndo paralelos dentro de um mesmo estúdio, mas o intervalo entre a chegada dos dois aos cinemas deve ser de pelo menos dois anos. Algo fácil de entender sabendo que Guillermo Del Toro (Hellboy), nome implicado em um deles, anda bastante ocupado dirigindo O Hobbit e já anunciou pelo menos meia dúzia de projetos antes de assumir as câmeras de sua versão para a história. Enquanto isso, o dinamarquês Nicolas Winding Refn, conhecido por trabalhos de intensa pressão psicológica como a trilogia Pusher e o terror Medo X, é o nome mais cotado para assumir a direção de Dr. Jekyll and Mr. Hyde, roteiro de Justin Hayde (Foi Apenas um Sonho). O filme já atraiu a atenção de Keanu Reeves (Matrix), que deve encarar seu maior desafio desempenhando papel duplo.
Segredos do universo
Ao contrário do que muita gente pensa, Hollywood não é apenas terra de filmes sem graça de cheios de clichês, daqueles que o espectador mais esperto pode adivinhar o final depois de assistir só os primeiros quinze minutos. Não raro, a capital do cinema da a luz a filmes que, de tão estranhos, chegam a ser originais dentro de suas limitações. Quer exemplo melhor que a bizarra trama de Benjamin Button, a promessa que não deu certo no Oscar 2009? Ou quem sabe você precise urgentemente dar uma olhada em Os Doze Macacos, de Terry Gilliam (Os Irmãos Grimm), para atestar o quanto criativa a terra do cinema pode ser quando deixa seus gênios a solta. Se The Big Bang vai ser um desses filmes que acontecem de quando em quando em Hollywood, só mesmo esperando para ver, mas a trama promete um pouco mais do que o previsível, seja para thrillers de suspense ou filmes apocalípticos. Para começar, o filme tem gente com atestado de qualidade no mercado de vídeo envolvida. A dupla Tony Krantz e Erik Jendresen (aí em cima) é responsável, entre outras pequenas pérolas escondidas, pelo terror Sublime, lançado direto em DVD, que ganhou elogios dos críticos e espectadores que se arriscaram a conferir o trabalho. Mais uma vez com Tony na direção e Erik no roteiro, The Big Bang promete tons de fantástico e uma trama bem engendrada. Afinal, não é fácil desenrolar a colcha de retalhos intrigante que vem a partir daqui. Detetive de Los Angeles é contratado para encontrar uma stripper desaparecida e, em meio a busca, vai parar em um deserto do Novo México, onde se encontra uma trilha de cadáveres, um agressivo boxeador russo, três policias de LA e um bilionário que reuniu aquele conjunto singular de pessoas para tentar descobrir os segredos do Big Bang. O desenvolvimento da trama promete ser tão interessante quanto o resumo da premissa, uma vez que o roteiro foi aprovado por Antonio Banderas (A Lenda do Zorro), que deve sair direto das gravações da biografia Dali para estrelar o thriller. Nos últimos meses Banderas esteve ocupado, gravando sua participação em Shrek 4, já a ponto de bala para ser lançado em Maio de 2010, e supervisionando o desenvolvimento do roteiro de Gato de Botas, filme-solo de seu personagem na série animada que chega aos cinemas ainda no próximo ano.
Bárbaro ao vento
Tudo começou oito anos atrás, em 2001, quando surgiram na Internet os primeiro rumores dando conta de um novo filme para o guerreiro bárbaro Conan, dono de duas investidas cinematográficas oitentistas estreladas pelo digníssimo governador Arnold Schwarzenegger. Na época, uma boataria intensa evoluiu desde o envolvimento do diretor do filme original, John Millius (Amanhecer Violento) até a produção executiva dos Irmãos Wachowski, na época revelações graças ao sucesso inesperado de Matrix. Enquanto isso, ainda na ativa diante das telas, Schwarzenegger ora dava declarações descartando o projeto, ora se mostrava animado com a possibilidade de retomar a parceria com o diretor e roteirista. Os astros The Rock (O Escorpião Rei) e Vin Diesel (Velozes e Furiosos) chegaram a figurar no elenco ao lado do astro como candidatos ao papel de filho do protagonista, personagem novo do roteiro então intitulado King Conan: Crown of Iron. Até mesmo a empresa de efeitos especiais Industrial Light & Magic envolveu-se em polêmica graças a um rumor de que os técnicos teriam sido contratados para “aumentar” os músculos de Schwarzenegger no novo filme. Os fãs chegaram a ficar enfurecidos quando a Warner anunciou que engavetaria King Conan em favor de uma “produção mais barata” nos moldes de Escorpião Rei, mas o projeto voltou a sua glória inicial com os mesmos nomes envolvidos... até uma fatídica eleição. Com seu astro bem confortável no cargo máximo da Califórnia, Millius seguiu com o projeto e chegou a escalar o astro de luta livre Triple H como o protagonista e partir para a Turquia em busca das locações ideais. Foi só em meados de 2005 que a Warner desistiu de vez do projeto do diretor e seguiu em outra direção, escalando Robert Rodriguez (Sin City) para desenvolver uma continuação nova para a saga. O texano ficou no cargo por pouco tempo, sendo substituído por Boaz Yakin (Duelo de Titãs) e, em seguida, por John McTiernan (Duro de Matar). Este chegou a indicar Gerard Butler (300) como seu favorito para assumir o papel, mas foi Brett Ratner (A Hora do Rush) quem deu o rumo em que o filme está hoje, com o roteiro de Dirk Blackman e Howard McCain, dupla responsável por Outlander. Atolado de projetos, o diretor deixou Conan, agora um novo começo para a série, nas mãos de James McTiegue (V de Vingança), homem de confiança de ninguém menos que... os Irmãos Wachowski. Até em Hollywood o mundo é pequeno.
Pavilhão de estrelas
Em tempos em que o público feminino vem se mostrando cada vez mais lucrativo para a indústria de Hollywood, não pode ser coincidência que de uma hora para a outra as comédias românticas tenham se tornado o gênero mais em voga na terra do cinema. Nada contra, é claro, uma boa sessão adocicada. Especialmente quando um grande elenco está envolvido na brincadeira. Agora, imagine a convergência de estrelas do cinema que Ele Não Está Tão a Fim de Você multiplicado ao quadrado. O resultado, com nomes, rostos e foco diferentes, será Valentine’s Day, próxima comédia romântica a ser dirigida pelo especialista Garry Marshall (aí em cima). O nova-iorquino, na ativa desde a década de 1970, ganhou fama ao comandar a ascensão de Julia Roberts (Sorriso de Monalisa) no neoclássico romântico Uma Linda Mulher e seguiu carreira com outras obras cada vez menos notáveis até encontrar seu limite com Ela é a Poderosa, comédia decadente estrelada por Jane Fonda (A Sogra) no ano retrasado. Ele planeja se recuperar com toda a pompa e circunstância que seu nome merece com a história de dez pessoas que se cruzam pelas ruas movimentadas de Los Angeles em pleno dia dos namorados e, sem perceber, acabam revelando muito mais de si mesmas a outra e ao espectador do que pretendiam. Por enquanto, como o próprio Marshall ressaltou, o filme é mais uma negociação do que um projeto, mas é fato que o roteiro da dupla Marc Silverstein e Abby Kohn, não por acaso os mesmos responsáveis por Ele Não Está Tão a Fim de Você, agradou a New Line, que pretende lançar Valentine’s Day justamente na data que nomeia o roteiro, o dia dos namorados. Se assim acontecer, o filme deve enfrentar a forte concorrência de The Lightning Thief, fantasia da Fox que deve estrear na mesma data, 14 de Fevereiro de 2010. Mas afinal, vamos ao que importa. Por enquanto, das dez personagens citadas na sinopse, seis tem donas garantidas. A lista é chefiada pela própria Julia Roberts, mas ainda tem Anne Hathaway (Noivas em Guerra), Jennifer Garner (Elektra), Jessica Alba (Quarteto Fantástico), Jessica Biel (O Vidente) e Shirley MacLaine (Em Seu Lugar). Na ala masculina do filme, os únicos nomes cogitados são os de Bradley Cooper (Sim Senhor) e Ashton Kutcher (Jogo de Amor em Las Vegas).
Bom, pessoal, e por hoje é só isso mesmo… reuni as notícias ontem mas não tive tempo de aprontar tudo para a publicação. Enfim, o importante é a informação e não o momento em que ela vem, mas prometo tentar seguir o prometido daqui para frente. E, também atrasado, nos próximos dias deve vir o novo posters na parede, cheio de surpresas, e já tenho uma crítica para publicar, que deve ser postada amanhã a tarde. Enfim, por enquanto, os melhores filmes para todos vocês e até mais! Ah, e não se esqueçam de entrar na comunidade do Filme-Pipoca no Orkut! O link é esse aqui: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=87626813. Quero ver todos por lá!
2 comentários:
Tem um selo pra você no meu blog, passa lá pra pegar.
Pô, adoro a história do médico e o monstro. Ela foi mais do que reutilizada nas histórias seguintes. O nosso mais nobre conhecido é o Hulk, mas ele nunca chegou a ser tão bom e levantar tantas questões quanto o original. Tô doido pra ver, pena que o guillermo del Toro não fará, sou fãzaço aço dele. Ele tá fazendo The Hobbit?!! Pensei que seria o Peter Jackson tbm. Mas o Del toro se sairá bem porque ele sabe lidar com histórias fantásticas muito bem. Agora essa do Keanu Reeves foi ótima. O cara sabe mergulhar em bons projetos e gosto dele como ator também. Em Van Helsing o Dr Jekyll foi desmoralizado. haha
Conan é bom. Vale a pena ter de volta. Eu acho obras de arte lindíssimas as capas das histórias em quadrinho. conan é ótimo.
Esse da comédia romântica tá incrível. Só nome de peso. E olha que nem é o gênero que me atrái. Prefiro suspense, mas enfim. Parece bom. Mas não gosto do dias dos namorados. rs Eu vi a pré estréia de Ele não está tão a fim de você. Cara, eu achei legal, mas só. Nada demais. A menina que fez a Gigi foi ótima. E eu nem a conhecia. Ela dominou o filme inteiro.
Bem, valeu, caio!!!
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