Versatilidade a toda prova
Ele alcançou notoriedade pelo drama biográfico-psicológico "
Garota, Interrompida", que rendeu a
Angelina Jolie o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Desde então, tem testado a própria versatilidade, nunca repetindo gêneros, jamais lançado mão de clichês e não permitindo que a indústria do cinema o estigmatize. A verdade é que da comédia romântica ("
Kate & Leopold") até o faroeste revisionista ("
Os Indomáveis"), a discrição e sinceridade que o nova-iorquino
James Mangold impõe a sua câmera é encantadora. Um estilo que se encaixaria perfeitamente em um filme humano, técnico mas emocional, centrado mais em reações do que em ações. Um filme de tribunal, por exemplo. Agora que o projeto foi anunciado, é quase uma decepção que não tenha acontecido antes. Embora nem título o filme tenha ainda, a trama já foi revelada: acompanharemos dois irmãos advogados processando uma indústria de petróleo pela morte “acidental” de centenas de funcionários em uma plataforma. O roteiro está por conta da improvável dupla
Sasha Jenson &
Casey La Scala, que já haviam trabalhado juntos na comédia adolescente "
Manobras Radicais", mas nas funções de ator e diretor, respectivamente.
Austen e os zumbis

Dupla curiosa a do título, não? Grotesca, para dizer o mínimo. Tenho certeza que os mais fanáticos por literatura clássica sentem um pequeno enfarte só de ler as duas palavras lado a lado. Recomendo que estes parem de ler essa nota agora mesmo e passem para agradável notícia seguinte. O Filme-Pipoca não se responsabiliza por qualquer problema de saúde. Continua aqui? Tudo bem, se você insiste.
Jane Austen, a venerável escritora inglesa de clássicos como "
Razão e Sensbilidade", vai ser levada uma vez mais para o cinema, e como não poderia deixar de ser a fonte de inspiração será um livro... pena que não de sua autoria.
Seth Grahame-Smith, dono de uma curta carreira como roteirista de comédias televisivas fracassadas, é o ator de "
Pride and Prejudice and Zombies", uma sátira nem um pouco respeitosa a obra máxima da autora, cuja última versão cinematográfica rendeu a indicação ao Oscar para
Keira Knightley ("
Desejo e Reparação"). O sacrilégio nem aportou nas livrarias ainda e já é motivo de briga entre os estúdios de Hollywood, que acredita, é claro, no potencial comercial da obra, que mistura a trama original com uma invasão de zumbis na Londres vitoriana.
Dupla de peso

Dois mestres, dois cineastas dos mais polêmicos, um projeto
indie até a medula e uma tragédia grega. A equação tem tudo para ser um dos filmes mais aplaudidos, cultuados e interessantes do futuro. O título já denuncia a dramaticidade da trama: "
My Son, My Son, What Have Ye Done" é um filme que remonta um caso real espantosamente parecido com a tragédia do grego
Sófocles sobre um homem que mata a própria mãe com uma espada (não confundir com a trajetória da lenda de Édipo). Os cinéfilos que se segurem na cadeira porque o drama será dirigido pelo alemão
Werner Herzog ("
O Sobrevivente") e produzido pelo sempre polêmico e surrealista
David Lynch ("
O Homem-Elefante"), provavelmente o responsável por convencer o parceiro a utilizar a câmera digital para as filmagens. Já que usou essa mesma estrutura no recente "
Império dos Sonhos",
Lynch parece também ser o dono da idéia de contar o filme todo como um grande flashback, mesmo que o roteiro seja creditado apenas a
Herzog. O elenco anunciado é que garante o status
indie do projeto:
Michael Peña ("
As Torres Gêmeas"),
Brad Dourif ("
Deadwood"),
Michael Shannon ("
Apenas um Sonho"),
Willem Dafoe ("
Homem-Aranha"),
Chloe Sevigny ("
Amor Imenso") e o veterano
Bill Cobbs ("
Uma Noite no Museu") já estão confirmados.
A palavra delas
Não se passa um ano em Hollywood sem que pelo menos uma dezena de astros e estrelas adolescentes surjam do nada para fazer uma série de filmes tão esquecíveis quanto seu efêmero sucesso. Enquanto isso, quem sobrevive ano após ano, ressurge fracasso após fracasso e continua no topo do jogo da terra do cinema é aquele grupo seleto de atores e atrizes cujo talento resiste ao tempo e ao que mais vier pela frente. Indiscutivelmente,
Meryl Streep e
Michelle Pfeiffer, cada uma a sua medida, fazem parte desse grupo. A primeira, redescoberta recentemente com "
O Diabo Veste Prada" e indicada ao Oscar mais uma vez esse ano por sua freira moralista de
"Dúvida", deu um show de carisma e inteligência nas coletivas para a divulgação desse último, dizendo que tinha uma “responsabilidade para com cada uma dessas mulheres que represento” e ainda declarando que, apesar das dificuldades, sente-se “eufórica” por continuar trabalhando e interpretando mulheres de sua própria idade. Segundo ela, algum tempo atrás atrizes na sua faixa de idade “interpretavam apenas bruxas”. Também lançando seu mais novo filme, "
Chéri", onde interpreta uma cortesã parisiense da década de 20,
Michelle adota um discurso parecido: admite que as propostas diminuem com idade, mas diz que “os papéis vão ficando mais interessantes, quanto mais velha você é”. Que elas continuem assim por muito tempo.
Bom, pessoal, e por hoje é só isso mesmo... agradeço a todos pelos comentários como sempre. Aliás, preciso avisar a vocês: absolutamente não falharei com o boletim, mas como minhas aulas recomeçaram, talvez não tenha tempo nem para ver filmes, que dirá escrever críticas! Agradeço pela compreensão desde já. Mas o nosso especial misterioso ainda está de pé... apenas preciso esperar uma certa circunstância para que ele aconteça. Será que algum cinéfilo consegue advinhar? Bons filmes para todos vocês e até a próxima!
2 comentários:
mto bom o blog..cheio de dicas..
seria legal rolar alguma coisa de series e pahh!
abraço!
Seu blog é muito bom, pra cinefilos como eu! :)
Estou acompanhando
Postar um comentário