A cena descrita no título acima tem se tornado cada vez mais incomum nos filmes do espião inglês, mas isso não impede que aconteça entre os intérpretes dos dois personagens. Como respeitoso neo-astro e gentleman que é, Daniel Craig, intérprete de Bond em "Cassino Royale" e "Quantum of Solace", reforçou as alfinetadas de Dame Judi Dench, que participa da franquia desde "Gondeneye" como a chefe do MI-6, sobre os rumos que um possível "Bond 23" poderia tomar. Numa entrevista recente em que respondeu um descontraído “pode apostar” sobre sua permanência na série, Dench declarou que uma das coisas que mais sente falta de suas primeira experiências com Bond são os personagens Q e Monneypenny e que adoraria vê-los de volta. O primeiro, inventor dos equipamentos usados por 007, foi interpretado pelo comediante John Cleese em "O Mundo Não é o Bastante" e "Um Novo Dia Para Morrer", enquanto a icônica secretária era representada por Samantha Bond (curioso sobrenome, não?) nos filmes estrelados por Pierce Brosnan. Craig retrucou que adoraria viver um romance mais descompromissado na pele do agente secreto. A continuação pode ser lançada em 2010.
Bush para Stone, Lincoln para Spielberg
Cada diretor tem o presidente que merece. Famoso pelas polêmicas e pelo patriotismo exagerado, Oliver Stone retratou os polêmicos Richard Nixon ("Nixon") e George W. Bush ("W."), recém-saído da Casa Branca. Ambos os filmes dividiram a crítica e foram ignorados pelos prêmios. Algo me diz que o mesmo não acontecerá com "Lincoln", cinebiografia de um dos comandantes mais merecidamente célebres dos EUA, que ocupou o poder entre 1861 e 1865, tempo de Guerra Civil e polêmicas medidas da parte do presidente, como a emenda constitucional que aboliu a escravidão. Em gestação desde 2003, quando Tom Hanks era o principal candidato para o papel principal, atualmente o roteiro de "Lincoln", redigido por John Logan ("Gladiador"), passa por uma pesada revisão de Tony Kushner ("Munique"), mas já tem protagonista definido. Mergulhado em pesquisas desde 2006, o oscarizado Liam Neeson, que trabalhou com o diretor em "A Lista de Schindler", parece ser o intérprete definitivo do presidente, enquanto rumores mais recentes sugerem que a veterana Sally Field ("Brothers & Sisters") pode viver a primeira dama, Mary Todd Lincoln. Segundo o produtor, não há a mínima possibilidade do filme sair antes de 2011, mas ele também garante que essa é sua estréia definitiva.
Sacrilégio na cidade do Natal
A Disney parecia ter tomado juízo com a regência de John Lasseter ("Carros"). Mas as aparências podem enganar. Das duas, uma. Ou o diretor Henry Selick está querendo derrubar a concorrência e fazer propaganda de seu "Coraline", ou o estúdio centenário do Mickey está prestes a cometer um dos maiores sacrilégios de sua irregular filmografia. Um dos filmes mais cult da história, "O Estranho Mundo de Jack", dirigido por Selick e produzido pelo inconfundível Tim Burton ("Edward Mãos-de-Tesoura"), devia boa parte de seu charme alternativo a antiqüíssima técnica de animação em stop-motion, que consiste e sobrepor várias fotos de bonecos de acrílico ou massinha para provocar a ilusão de movimento. Selick, um dos únicos representantes dessa forma de arte no cinema atual, disse recentemente que “há alguns anos, a Disney me procurou e disse que se fizéssemos uma seqüência de O Estranho Mundo de Jack, teria que ser em computação gráfica”. Apesar do enfarte prematuro que tal declaração provocou aos milhares de fãs do filme, Selick não demorou a emendar com um “mas não acredito que Tim Burton irá permitir isso”. O diretor, que atuou escrevendo e produzindo a obra, não se pronunciou sobre o assunto, mas sempre há a possibilidade que de fato Lasseter tenha abortado o projeto.
O passo adiante
Depois de se esconder sobre a maquiagem interpretando o Lord Voldemort dos dois últimos filmes de "Harry Potter", ser ofuscado por Kate Winslet em "O Leitor" e ignorado (academiacamente, pelo menos) pelo desempenho fascinante em "A Duquesa", parece que dessa vez vai ser inevitável que Ralph Fiennes ("O Paciente Inglês") ganhe os holofotes. Seguindo os passos de colegas ilustres como Mel Gibson ("Paixão de Cristo"), Clint Eastwood ("Menina de Ouro") e Ed Harris ("Pollock"), ele decidiu ampliar a ambição e estrear na direção em uma história shakespeariana das mais apreciadas. "Coriolanus" é uma peça do bardo inglês que acompanha um soldado orgulhoso que é convencido pela mãe a se candidatar ao Senado, o que acaba o levando a decadência. E, é claro, a tragédia. O personagem, interpretado por atores do calibre de Morgan Freeman e John Nightingale em encarnações independentes, deve ganhar sua primeira encarnação bem-produzida na pele... do próprio Ralph Fiennes. O ator, indicado duas vezes para o Oscar ("A Lista de Schindler" e "O Paciente Inglês"), vai conciliar o trabalho dos dois lados da câmera, e os primeira boatos sugerem que pelo menos um outro grande talento deve estar a sua volta. A veterana Vanessa Redgrave ("Desejo e Reparação") é a concorrente mais forte ao papel materno.
Bom, pessoal, vocês devem ter notado que o boletim veio tarde hoje, mas é que não tive tempo nem para respirar durante essas últimas 24 horas, e podem acreditar que fiz um esforço enorme para arranjá-lo... mas enfim, melhor deixar isso para lá... o dia já acabou, certo? Bons filmes para todos vocês e até amanhã!
4 comentários:
coerente e bem trabalhado um filme sobre Bush Jr. (vulgo vaca louca) E nixon, dão filmes interessantes, agora...vai depender muito da imparcialidade do diretor.
Hum filme sobre 'Wzinho'?
Sabe que fiquei curiosa?
Não que eu seja simpatizante do ex-presidente norte americano, mas fico pensando como terá sido a visão do diretor em relação auma figura tão controversa...
Kiso
http://garotapendurada.blogspot.com/
curiosos filmes certamente...aguardo mais novidades abçs
Eu estava nos EUA no lançamento do estranho mundo de Jack e o filme foi um grande sucesso.
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