quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Boletim Cinéfilo – As Notícias do Dia (18/02/2009)

Ang Lee, mais um desertor?

untitled

A analogia bélica pode parecer um pouco mais exagerada, mas parece que de fato a adaptação do best-seller canadense “Life of Pi” tornou-se o mais novo pesadelo dos diretores, que desde 2003 embarcam no projeto apenas para em seguida deixá-lo para trás, seja por conflitos de agenda ou simples impotência diante do complicado texto. O primeiro foi M. Night Shyamalan, que saía direto do frustrante (comercialmente) “Corpo Fechado” e quis adaptar a hist ória de um garoto que é resgatado depois de meses à deriva no mar e prossegue viagem em direção ao Canadá em companhia de uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre de bengala. Dois anos de nenhuma notícia depois, Shyamalan saiu para realizar o decadente “A Vila” e abriu espaço para o candidato seguinte, o mexicano Alfonso Cuarón, que se propôs a trabalhar no filme ao mesmo tempo em que construía o épico apocalíptico “Filhos da Esperança” e se viu em uma situação complicada de acordo de salários, o que manteve no projeto por apenas seis meses, abrindo caminho para o francês Jean-Pierre Jeunet (“O Fabuloso Destino de Amelie Poulin”), que chegou até a anunciar que usaria os mesmos estúdios de “Titanic” para as seqüências marinhas. A proposta, apresentada no final de 2005, não vingou, e apenas agora, quatro anos depois (oito desde o lançamento do livro), novos rumores surgem: para completar a babel de diretores que já estiveram envolvidos, o chinês Ang Lee (“Hulk”, “O Segredo de Brokeback Mountain”) seria o novo responsável por comandar e supervisar a escritura do roteiro. Resta saber por quanto tempo.

Mudança de diretrizes

scott-crowe

Quando o nome do mestre britânico Ridley Scott (“Blade Runner – O Caçador de Andróides”) foi anunciado na mais nova e criativa versão da lenda do gatuno Robin Hood, lenda da Inglaterra vitoriana transportada milhares de vezes para o cinema e interpretada por atores que vão de Errol Flynn (“As Aventuras de Robin Hood”) a Kevin Costner (“Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões”), não foram poucos os cinéfilos que comemoraram. O nome que Scott anunciou para o papel do protagonista também animava: Russel Crowe, parceiro habitual do diretor desde “Gladiador”, que rendeu o primeiro Oscar ao ator. Ethan Reiff & Cyrus Voris, co-roteiristas de “Kung Fu Panda”, prometiam uma revolução na velha história: Robin seria tratado como vilão do filme, assumindo a identidade de ser arqui-rival, um xerife de Nottingham transformado em bravo guerreiro, quando este morre em uma batalha. Mas toda a esperança e a expectativa para o lançamento, marcado para o início de 2010, foi colocado por água abaixo pelo próprio cineasta em entrevista ao site da MTV. Não, ele não cancelou o longa (pelo menos não completamente). Para começar, o nome da produção mudou: do criativo “Nottingham” para o manjado “Robin Hood”. A inversão de papéis também foi cancelada, e agora a expectativa de ver Crowe interpretando um homem fingindo ser outro homem (fórmula que rendeu bem com Robert Downey Jr em “Trovão Tropical”), ficou para trás. Segundo o diretor, a trama seguirá a evolução do arqueiro “de ladrão para herói”. E o cargo de vilão não é nada surpreendente: “são os franceses. O vilão é muito maior nesse sentido, mais importante e mais perigoso”.

Smells like... tears?

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“Mais Pesado que o Céu”, do jornalista Charle s Cross, é uma das biografias literárias mais vendidas dos últimos tempos. Lançado no Brasil pela editora Globo, “Heavier Than Heaven” conta com o recorte mais completo da vida e obra de um dos rockstars mais marcantes, carismáticos, problemáticos e inesquecíveis de todos os tempos. Gus Van Sant bem que tentou com seu verborrágico “Últimos Dias”, mas é na adaptação redigida por David Benioff, experiente no complicado processo de transporte de mídias depois de “O Caçador de Pipas”, que o líder no Nirvana Kurt Cobain deve ganhar seu retrato visual definitivo. A história chocante do astro, que passa pela depressão profunda, a complicada relação com a mulher Courtney Love (e as traições da mesma) e pelo tortuoso peso do sucesso para desembocar no final trágico traduzido na forma de suicídio. Uma história que sugere um diretor cheio de estilo visual, poder de chocar, encantar e intrigar a um tempo, alguém como Michael Mann (“Colateral”) ou Baz Luhrmann (“Moulin Rouge! – Amor em Vermelho”). Mas, recém-saído do estouro de bilheteria de “007 – Quantum of Solace” e alvejado de elogios pelas sensíveis obras anteriores, o alemão Marc Forster (“Em Busca da Terra do Nunca”) pode ficar com o comando do projeto, o que pode indicar uma visão bem emocional da trajetória do astro. Se isso é algo ruim ou bom, deixo o julgamento para a percepção de cada um.

É um luxo!

oscar

Digam o que quiserem, mas a produção nunca foi um defeito da Academia. Ano após ano, o refinamento dos cenários e das apresentações na cerimônia do Oscar continua impressionando, seja pela simplicidade (como na certeira execução da indicada “Falling Slowly”, do filme “Apenas Uma Vez”, no ano passado) ou pela ostentação. E parece que os produtores Bill Condon e Laurence Mark, cuja própria escolha foi considerada um passo em direção a mais audiência (a dupla é conhecida por tornar obras um tanto eruditas, como “Chicago” e “Memórias de Uma Gueixa”, em sucessos comerciais), não vão economizar no quesito luxo. A primeira revelação mais destacada sobre a cerimônia aponta que durante toda a noite o palco seria emoldurado por uma brilhante cortina em que estaria contida a impressionante quantidade 100 mil cristais. Segundos os produtores, a extravagância dará um tom mais “esteticamente agradável”, aliviando um pouco no dourado para dar uma sensação mais luminosa a entrega dos prêmios. Outra vantagem da sugestão do arquiteto e designer David Rockwell seria a criação quase mística de uma espécie de arco-íris em miniatura sobre o palco, conforme o direcionamento dos holofotes.

Bom, pessoal, e por hoje é isso… um dia que não me deu muito tempo para escrever, mas eu como sempre dei um jeito de garimpar as notícias para vocês, espero que vocês as apreciem e comentem, sempre, por favor! Agora só me resta agradecer a todos aqueles que o fizeram hoje, realmente é um grande incentivo… Bom, então os melhores filmes para todos vocês e até a próxima!

6 comentários:

Anônimo disse...

Esse Life of Pi parece ser muito legal

http://ownedando.blogspot.com/

Dino Melo disse...

Tow louco pra ver o de Kurt *-*

Quanto ao Life of pi
nunca tinha visto
Vou ver se baixo pra ler =D

BY
http://www.mostdownloads.blogspot.com/

Anônimo disse...

Jeito bem informativo de escrever vc tem parabéns e continue assim!

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Charles!

Estou ansioso para ver a cerimônia do Oscar 2009: creio que esse ano está sendo um dos melhores na selação de filmes, pois a maior parte dos indicados são filmes que capricharam mesmo na atuação, no roteiro e fizeram a diferença nas salas de exibição.

Torço para Kate Winslet levar essa pq a Meryl Streep já é a melhor atriz do mundo - não tem como negar, mas a 2008 foi o ano da Kate em que ela provou que veio pra ficar e fazer barulho...hehehe

Ah, por falar em Oscar 2009, lhe convido para ir lá no Café com Notícias ler a crítica que fiz sobre "O Leitor", ok.

Abraço

Dual disse...

anotei o diretrizes..

ja vi 2 qe vc bostou aki!

=D

vlw a dica!

Rodrigo disse...

como voce e bem informado no assunto cinema deve saber que os Favoritos pra concorrer com os gigantes em holly são...↓↓↓

• A casa de Alice, de Chico Teixeira
• A via láctea, de Lina Chamie
• Chega de saudade, de Laís Bodanski
• Era uma vez, de Breno Silveira
• Estômago, de Marcos Jorge
• Meu nome não é Johnny, de Mauro Lima
• Mutum, de Sandra Kogut
• Nossa vida não cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro
• Olho de boi, de Hermano Penna
• Onde andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado
• O passado, de Hector Babenco
• Os desafinados, de Walter Lima Júnior
• O signo da cidade, de Carlos Alberto Ricelli
• Última parada 174, de Bruno Barreto

A premiação está prevista para 22 de fevereiro.